É um lugar afastado,
Sem vizinhos, sem conversa, quase sem lágrimas,
Com umas imensas vigílias diante do céu.
A dor não tem nome,
Não se chama, não atende.
Ela mesma é solidão:
Nada mostra, nada pede, não precisa.
Vem quando quer.
O rosto da dor está voltado sobre um espelho,
Mas não é rosto de corpo,
Nem o seu espelho é do mundo.
Conheço pessoalmente a dor.
A sua residência, longe,
Em caminhos inesperados.
Às vezes sento-me à sua porta, na sombra das suas árvores.
E ouço dizer:
“Quem visse, como vês, a dor, já não sofria”.
E olho para ela, imensamente.
Conheço há muito tempo a dor.
Conheço-a de perto.
Pessoalmente.
Cecília Meireles
That’s it!
P.S.: Mês de aniversário do meu pai e como já falei em outro post, ele não está mais aqui...por isso este texto, sorry, mas, fico down mesmo.
3 comentários:
Por isso adoooro esse mundo blogosférico! Acabo lendo cada coisa, que por mais triste possa parecer, é lindo entender!
E falando sobre dores minha amiga Lu... sabemos bem o que é isso não é mesmo?
Bom dia de trabalho pra vc linda!
beijos!
Mas a dor passa, a vida é para ser passada sempre com um sorriso na cara, sei que por vezes isso é muito dificil, mas com muita força nós conseguimos.
Beijo e muita força.
Oi querida,
Belo poema. Eu também conheço a resistência da dor, muito bem.
beijos
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