quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que será, que será???

Mais uma madrugada em claro, em frente ao monitor. Dei uma pausa no trabalho, peguei um copo de refrigerante, parei pra selecionar algumas músicas, já que não consegui prestar atenção nas que estavam tocando...e...não sei...ultimamente ando sentindo uma falta tão grande de tanta coisa que nem consigo enumerá-las. É uma espécie de saudade que já não está mais cabendo em mim e em lugar nenhum. Ás vezes, me pego olhando-me com olhar de soslaio.
Acho que, por um lado, são os vestígios de que o fim do ano está chegando, a euforia Natal-Reveillon está cada vez mais próxima, e esse é o período em que a falta de meu pai se faz ainda mais presente.
Me bate um sentimento que não sei definir. Será angústia???
É, deve ser, afinal sempre que uma pessoa sente uma coisa ruim e não sabe definir, automaticamente, diz que é angustia.
Ah, só sei que essa é do tipo que envolve o corpo, sufoca o peito e dilacera a alma. Em mim, acaba deixando hematomas que apenas eu vejo e os mascaro para mostrá-lo a outras pessoas.
Disseram-me que com o tempo, a ausência de meu pai diminuiria, mas, não sei se isso é besteira ou se essa hora ainda não chegou.
O fato é que me causou efeito reverso. A cada ano que passa, a saudade aumenta e a dor também, às vezes, o sinto tão real a ponto de poder tocá-lo novamente.
Nunca tivemos tanto contato, ele passava a maior parte do tempo viajando, mais vinha sempre que eu precisasse, era meu porto seguro.
Se ao menos eu pudesse voltar no tempo e aproveitar mais cada minuto a seu lado, cada minuto de sua preciosa companhia.
Infelizmente não dá, terei que conviver com isso pro resto de minha vida.
Diante disso, fico pensando como somos tolos. Deixamos o orgulho nos dominar, às vezes, não agimos como realmente queremos apenas por vergonha ou por medo de parecer idiota.
O velho ditado de que “só damos valor quando perdemos”, infelizmente, é a mais pura realidade.
Por isso, eu digo a você: Viva o hoje...cante, dance, sorria, cometa erros, aprenda com eles, enfim...APROVEITE! Parece clichê ou propaganda de fim de ano, mas, de fato, nunca sabemos quando o espetáculo acabará para nós!

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