Um amigo nem um pouco íntimo com a escrita perguntou-me porque escrevo tanto se trabalho com números?
Ah, escrevo porque gosto, embora tenha plena convicção de que não sei fazer poesia.
É verdade, não sei rimar, apenas tento, mas, não tenho muito jeito pra coisa.
De fato, ganho a vida com números e análise de relatórios infinitamente desgastantes. Acho que isso justifica essa necessidade toda de transpor para o papel tudo o que sinto, caso contrário, morreria asfixiada.
Admiro os poetas e escritores de um modo geral, dia desses ao ler um livro de Manoel de Barros, me passou pela cabeça o seguinte questionamento: Como será que viveram os meus mais admirados poetas?
Será que Drummond, por exemplo, vivia de forma atenta e discreta? Fernando Pessoa vivia reflexivo e solitário? Clarice Lispector, por sua vez, era visionária e surpreendente? E a mais sinistra (em minha opinião) Emily Dickinson era mesmo reclusa e enclausurada???
Questionamentos sem fim...não sei, pode até ser que, contrariando tudo o que escrevi, eles não viveram assim não, apenas transformaram-se nesses adjetivos todos no momento de pura inspiração.
É...vai saber. Uma coisa devo admitir não existe mentira para quem escreve (acho que já até citei isso em um post anterior, hehehe) porque, de certa forma, quando você cria uma estória, você, meio que, acredita nela, cria todo o envolvimento dos personagens e os possíveis desfechos para cada um.
Por isso eu digo: Vivam os poetas!
Ah, escrevo porque gosto, embora tenha plena convicção de que não sei fazer poesia.
É verdade, não sei rimar, apenas tento, mas, não tenho muito jeito pra coisa.
De fato, ganho a vida com números e análise de relatórios infinitamente desgastantes. Acho que isso justifica essa necessidade toda de transpor para o papel tudo o que sinto, caso contrário, morreria asfixiada.
Admiro os poetas e escritores de um modo geral, dia desses ao ler um livro de Manoel de Barros, me passou pela cabeça o seguinte questionamento: Como será que viveram os meus mais admirados poetas?
Será que Drummond, por exemplo, vivia de forma atenta e discreta? Fernando Pessoa vivia reflexivo e solitário? Clarice Lispector, por sua vez, era visionária e surpreendente? E a mais sinistra (em minha opinião) Emily Dickinson era mesmo reclusa e enclausurada???
Questionamentos sem fim...não sei, pode até ser que, contrariando tudo o que escrevi, eles não viveram assim não, apenas transformaram-se nesses adjetivos todos no momento de pura inspiração.
É...vai saber. Uma coisa devo admitir não existe mentira para quem escreve (acho que já até citei isso em um post anterior, hehehe) porque, de certa forma, quando você cria uma estória, você, meio que, acredita nela, cria todo o envolvimento dos personagens e os possíveis desfechos para cada um.
Por isso eu digo: Vivam os poetas!
2 comentários:
Olá amiga "Lu"! Realmente o seu ofício é muito desgastante. Os números não enganam e os relatórios cobram a todo o momento o desfecho que muitas vezes nunca é aceito.Rs não trabalho com números , mas eles fazem parte do nosso dia a dia. No fim de cada mês tento burlar minhas dividas rsrs , mas por fim foi mais um aleive que ainda me incomoda muito para sanar o gasto que compromete muita coisa. Aproveitando o momento detalho algo muito importante .O seu ambiente traz firme o equilibrio na sua escrita e a sua explosão a ditar o seu momento de espirito é muito importante. Realmente quando escrevemos muitas particularidades surgem no enredo , mas os personagens colocados na folha do manuscrito são desejos secretos ou até mesmo comportamentos adversos que vivemos numa ficção bizarra. Já escrevi muito colocando a cara pra bater rsrs, mas hj em dia tento camuflar algumas situações para não comprometer a escrita, mas no fim acaba ficando claro a minha indignação...Bom é isso e sempre escreva , pois a determinação de um poeta nem sempre esta nos versos rimados , mas sim no sentimento em seu peito a detalhar a sua alegria, tristeza e tudo que cerca o seu ser quando o assunto é "viver a detalhar a sua arte". Fica com DEUS amiga das palavras...
Bom dia, Lu!
É claro que pode me add! Já add você aqui =D.
Mas só para elucidar o que você estava dizendo... Você trabalha com contabilidade? Eu faço curso de direito, trabalho contabilidade! Relatórios, números, análises e o pior = ter que fazer 2+2 dá 5!!
Voltando para o foco da escrita, lhe digo algumas coisas. Assim como em tudo na vida, existem as fazes históricas da produção textual. Confesso que até para os escritores do mais alto escalão possum certa dificuldade em rimar, versar conforme as regras exigidas pelos antigos movimentos barrocos etc e tal. Hoje em dia estamos mais na esfera da produção textual, de forma POÉTICA livre. Transpassar sentimentos interiores para o papel não é menos complicado que escrever rimando. Poetizar hoje é utilizar da alma para escrever...
nota: Tenho certeza que você é capaz de ser uma grande poeta!
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