quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Coisas de adulto

Gente que sufoco!
Afff...estou em meio aos meus 24 anos e comecei a sentir o medo e o peso de ser adulta, de ter responsabilidades e tal.
Desde que terminei a facul, as coisas só tem piorado ou melhorado..sei lá..depende de quem vê.
Eu sempre fui meio adulta...sabe aquela criança que nunca teve medo de “bicho papão”, que nunca acreditou em papai noel, que nunca gostou de estórias em quadrinho?
Então..fui muito assim, acho que não tive infância de fato. Gostava de correr, pular..nada de ficar quieta ou participar de brincadeiras monótonas.
Mas, passei por esse processo rapidinho...queria ser logo adulta, viver minha vida do jeito que quisesse. Ter expressão, roupa e comportamento de adulta. Ah, e principalmente dinheiro e independência de gente grande.
Putz..só não sabia que por trás dessa expectativa toda em tornar-me um ser tão autônomo, tinha todo um processo de crescimento duro, porém preciso..um mal necessário, eu diria. E nesse crescimento duro, cá estou, me questionando se agüento.
Não sei mais distinguir o que agüento por mais que continue agüentando. Por mais que meus cabelos andem caindo além da conta e minhas noites tenham ficado cada vez mais curtas por conta das insônias causadas por preocupações extras.
A vida tem me dado cada vez mais responsabilidades, até certo ponto, tenho que dar graças a Deus, mas, confesso que está pesando...já nem sei se terá fim!
Agora, o mais engraçado é que todos esses anseios pelo aprendizado nunca me fizeram pesar as responsabilidades de um modo geral. Talvez isso tenha sido até bom, porque se pensasse de fato nem estaria aqui.
Enfim...vou escrevendo meus dias como posso. Sei tenho vivido uma vida sem intensidade, apenas limitando-me mais ao trabalho e...ao trabalho, mais faz parte, ou melhor, está fazendo parte de mim.
Embora, algumas vezes, penso que não sirvo para o que escolhi. Tenho ficado cada vez mais impaciente e passei a me conhecer como não queria.
Não está sendo nada fácil. Além da minha auto-cobrança, tenho outras tantas por todos os lados..ando com o coração duplamente asfixiado.
E ainda por cima, criou-se uma espécie de oscilação dentro de mim e não estou conseguindo dizer se estou gostando ou não de tudo o que está acontecendo.
Realmente não sei, me falta jeito em dizer...
Uma estranha falta de jeito que nunca pensei que um adulto poderia ter.



♪ Eu e a vida – JORGE VERCILLO

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